O Sistema Solar
O sistema solar é um conjunto de planetas, asteroides e cometas que giram ao redor do sol. Cada um se mantém em
sua respectiva órbita em virtude da intensa força gravitacional exercida pelo
astro, que possui massa muito maior que a de qualquer outro planeta.
Os corpos mais importantes do sistema solar são os oito planetas que giram ao redor do sol,
descrevendo órbitas elípticas, isto é, órbitas semelhantes a circunferências
ligeiramente excêntricas.
Wikipédia
Os planetas que compõem o sistema solar
O sol não está exatamente no centro dessas órbitas, como pode-se ver na
figura abaixo, razão pela qual os planetas podem encontrar-se, às vezes, mais
próximos ou mais distantes do astro.
Origem do
Sistema Solar
O sol e o Sistema Solar tiveram origem há
4,5 bilhões de anos a partir de uma nuvem de gás e poeira que girava
ao redor de si mesma. Sob a ação de seu próprio peso, essa nuvem se achatou,
transformando-se num disco, em cujo centro formou-se o sol. Dentro desse disco,
iniciou-se um processo de aglomeração de materiais sólidos, que, ao sofrer
colisões entre si, deram lugar a corpos cada vez maiores, os outros planetas.
A composição de tais aglomerados relacionava-se com a distância que
havia entre eles e o sol. Longe do astro, onde a temperatura era muito baixa,
os planetas possuem muito mais matéria gasosa do que sólida, é o caso de
Júpiter, Saturno, Urano e Netuno. Os planetas perto dele, ao contrário, o gelo
evaporou, restando apenas rochas e metais, é o caso de Mercúrio, Vênus, Terra e
Marte.
Os
componentes do Sistema Solar
O sol
Wikipédia
O Sol é a fonte de energia que domina o sistema solar. Sua força
gravitacional mantém os planetas em órbita e sua luz e calor tornam possível a
vida na Terra. A Terra dista, em média, aproximadamente 150 milhões de quilômetros
do Sol, distância percorrida pela luz em 8 minutos. Todas as demais estrelas
estão localizadas em pontos muito mais distantes.
As observações científicas realizadas indicam que o Sol é uma estrela de
luminosidade e tamanho médios, e que no céu existem incontáveis estrelas
maiores e mais brilhantes, mas para nossa sorte, a luminosidade, tamanho e
distância foram exatos para que o nosso planeta desenvolvesse formas de vida
como a nossa.
O Sol possui 99,9% da matéria de todo o Sistema Solar. Isso significa
que todos os demais astros do Sistema juntos somam apenas 0,1%.
Composição
do Sol
O Sol é uma enorme esfera de gás incandescente composta essencialmente
de hidrogênio e hélio, com um diâmetro de 1,4 milhões de quilômetros. O
volume do Sol é tão grande que em seu interior caberiam mais de 1 milhão de
planetas do tamanho do nosso. Para igualar seu diâmetro, seria necessário
colocar 109 planetas como a Terra um ao lado do outro. No centro da estrela
encontra-se o núcleo, cuja temperatura alcança os 15 milhões de graus
centígrados e onde ocorre o processo de fusão nuclear por meio do qual o hidrogênio
se transforma em hélio. Já na superfície a temperatura do Sol é de cerca de
6.000 graus Celsius.
|
|
Wikipédia
|
Os planetas
Os planetas não produzem luz, apenas refletem a luz do Sol, que é a
estrela do Sistema Solar.
Teorias afirmam que os planetas também foram formados a a partir de
porções de massa muito quente e que todos estão de resfriando. Alguns, entre
eles a Terra, já se resfriaram o suficiente para apresentar a superfície
sólida.
Um corpo celeste é considerado um planeta quando, além de não ter luz
própria, gira ao redor de uma estrela.
Os planetas têm forma aproximadamente esférica. Os seus movimentos
principais são o de rotação e o de translação. Cada planeta possui um eixo
de rotação em relação a Sol, o mais inclinado deles é o planeta-anão Plutão, pois seu eixo de rotação em relação ao Sol é de
Movimento
de Rotação
No movimento de rotação, os planetas giram em torno do seu próprio eixo,
uma linha imaginária que passa pelo seu centro. O observador terrestre tem
dificuldade de perceber o movimento de rotação da Terra. Para isso deve-se
notar que o Sol, do amanhecer ao anoitecer, parece se mover da região leste em
sentido oeste. O mesmo acontece, à noite, com a Lua, as estrelas e demais
astros que vemos no céu.
O movimento de rotação da Terra dura, aproximadamente 24 horas - o que
corresponde a um dia. A Terra, por ser esférica, não é iluminada toda de uma
vez só. Conforme a Terra gira em torno do seu eixo, os raios de luz solar
incidem sobre uma parte do planeta e a outra fica à sombra.
O ciclo do dia e da noite ocorrem graças a rotação. Enquanto o planeta
está girando sobre seu próprio eixo é dia nas regiões que estão iluminadas pelo
Sol (período claro) e, simultaneamente, é noite nas regiões não iluminadas
(período escuro).
Wikipédia
Movimento de Translação
O movimento de translação é executado pelos planetas ao redor do Sol, e
o tempo que levam para dar uma volta completa é denominado período orbital. No caso da Terra esse período
leva cerca de 365 dias e aproximadamente 6 horas para se completar. A Terra, no
seu movimento de translação, forma uma elipse pouco alongada (bem próxima a
circular). Já o planeta Netuno traça a sua órbita elíptica de forma bastante
alongada.
Em razão do movimento de translação e da posição de inclinação do eixo
da Terra, cada hemisfério fica, alternadamente, mais exposto aos raios solares
durante um período do ano. Isso resulta nas quatro estações do ano: verão,
outono, inverno e primavera. Nos meses de dezembro a março, o Hemisfério Sul -
localizado ao sul da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol. É quando os
raios solares incidem perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do
Hemisfério Sul. É verão nesse hemisfério. Depois de seis meses, nos meses de
junho a setembro, a Terra já percorreu metade da sua órbita. O Hemisfério Norte
- localizado ao norte da linha do Equador - fica mais exposto ao Sol e, assim,
os raios solares incidem perpendicularmente sobre pelo menos alguns pontos do
Hemisfério Norte. É verão no Hemisfério Norte.
Wikipédia
Enquanto é verão no Hemisfério Norte com os dias mais longos e as noites
mais curtos, é inverno no Hemisfério Sul, onde os dias tornam-se mais curtos e
as noites mais longas. E vice-e-versa.
Em dois períodos do ano (de março a junho e de setembro a dezembro) ha
posições da Terra, na sua órbita, em que os dois hemisférios são iluminados
igualmente. É quando ocorrem, de forma alternada nos dois hemisférios, as
estações climáticas primavera e outono.
As estações do ano são invertidas entre os hemisférios Sul e Norte. Por
isso é possível, numa mesma época do ano, por exemplo, pessoas aproveitarem o
verão numa praia no Hemisfério Sul, enquanto outras se agasalharem por causa de
uma nevasca de inverno no Hemisfério Norte.
Nas regiões perto da linha do Equador, tanto em um hemisfério quanto no
outro, ocorre constantemente a incidência dos raios do Sol, faz calor durante
todo o ano. Há apenas a estação das chuvas e a estação da seca.
Em virtude da "curvatura da Terra" e da inclinação do eixo de
rotação da Terra em relação ao seu plano de órbita, os pólos recebem raios de
Sol bastante inclinados. Por um longo período do ano, os raios solares não
chegam aos pólos; por isso essas são regiões muito frias.
Para os moradores dessas regiões, só há duas estações climáticas:
- Uma que chamam inverno, ou seja, o longo período em que os raios
solares não atingem o pólo;
- outra chamada verão, quando não acontece o pôr-do-sol durante
meses.
Os
planetas do Sistema Solar
São oito os planetas clássicos do Sistema Solar. Na ordem de afastamento
do Sol, são eles: Mercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano e
Netuno.
A partir dos avanços tecnológicos que possibilitaram a observação do céu
com instrumentos ópticos como lunetas, telescópios e outros, os astrônomos vêm
obtendo informações cada vez mais precisas sobre os planetas e seus satélites. Vamos conhecer um pouco a respeito de cada um
desses oito planetas do Sistema Solar.
|
|
Mercúrio
É o planeta mais próximo ao Sol e o menor do Sistema Solar. É rochoso,
praticamente sem atmosfera, e a sua temperatura varia muito, chegando a
mais de 400ºC positivos, no lado voltado para o Sol, e cerca de 180ºC
negativos, no lado oposto. Mercúrio não tem satélite. É o planeta que possui
um movimento de translação de maior velocidade (o ano mercuriano tem apenas
88 dias). O aspecto da superfície é parecido com o da nossa Lua, toda coberta
de crateras, originadas da colisão com corpos celestes.
|
wikipédia
Vênus
Vênus é conhecido como Estrela-D'Alva
ou Estrela da tarde por causa de seu brilho e também porque é visível ao
amanhecer e ao anoitecer, conforme a época do ano (mas lembre-se que ela é um
planeta e não uma estrela).
É o segundo planeta mais próximo do Sol e o planeta mais próximo da
Terra. As perguntas intrigantes que este planeta "gêmeo" da Terra nos
coloca começam com o seu movimento de rotação própria. Uma rotação completa
sobre si mesmo demora 243.01 dias, o que é um período invulgarmente longo. Além
disso, enquanto que a maior parte dos planetas rodam sobre si próprios no mesmo
sentido, Vênus é uma das exceções. Tal como Urano e Plutão, a sua rotação é
retrógrada, o que significa que em Vênus o Sol nasce a oeste e põe-se a leste.
Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em
tamanho, densidade e força da gravidade à superfície, tendo-se chegado a
especular sobre se teria condições favoráveis à vida. Além disso, suas
estruturas são muito parecidas: um núcleo de ferro, um manto rochoso e uma
crosta. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à
Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um
clima extremamente hostil à vida. De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do
Sol. A sua temperatura média à superfície é de 460 ºC devido ao forte efeito
de estufa que acontece em grande escala em todo o planeta e não apresenta
água.
|
|
|
Olhar Digital |
|
Terra
É o terceiro planeta mais próximo do Sol. É rochoso e a sua atmosfera é
composta de diferentes tipos de gases, e a sua temperatura média é de
aproximadamente 15ºC.
A Terra, até o que se sabe, é o único planeta do Sistema Solar que
apresenta condições que possibilitam a existência de seres vivos como os
conhecemos. Tem um satélite, a Lua.
Marte
Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais
acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do
nosso planeta, 25,19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de
Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja facilmente observado, e
de Vênus, cuja densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da
sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito
próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita e na maior parte formada
por gás carbônico, o que nos permite observar a sua superfície com relativa
facilidade. Seu período de rotação é aproximadamente 24h, muito parecido com o
da Terra, porém sua translação dura cerca de 687 dias.
Satélites de Marte
Marte tem ainda duas luas chamadas Deimos e Phobos, que no entanto têm
formas irregulares. Têm um tamanho da ordem dos 10 km e assemelham-se mais a
asteróides do que a pequenos planetas.
Água em
Marte? E daí?
Por mais de um século, os astrônomos especularam se Marte teria água. Em
2010, uma pequena nave robótica enviada pelos Estados Unidos, a Opportunity,
transmitiu a resposta em forma de fotos da superfície marciana: bolhas e
ranhuras microscópicas claramente visíveis em algumas pedras demonstram que
elas já estiveram submersas em água. Se foi assim, é possível que tenha
existido vida no planeta vermelho. A suposição baseia-se num fato científico:
água líquida é a única substância vital para a existência dos seres vivos na
forma como os conhecemos. A denominação pode parecer redundante, mas é precisa.
Pelo que se sabe, em estado gasoso ou sólido a substância não serve para a
vida. O processo bioquímico que gerou a vida na Terra, há 3,5 bilhões de anos,
só poderia ter ocorrido num meio fluido. No líquido, as moléculas se dissolvem
e as reações químicas acontecem. Como estão sempre em fluxo, os líquidos
transportam nutrientes e material genético de um lugar para outro, seja dentro
de uma célula, de um organismo, de um ecossistema ou até de um planeta.
Hoje em dia, contudo, Marte não exibe condições que permitam água no
estado líquido à sua superfície. Por um lado, a pressão da atmosfera atual do
planeta à superfície é muito baixa: 0.0063 vezes a pressão da atmosfera à
superfície da Terra, e quanto menor é a pressão, mais baixa é a temperatura
necessária para a água passar do estado líquido para o gasoso. Por outro lado,
a sua atmosfera muito rarefeita não fornece um mecanismo eficaz de efeito estufa
e a temperatura média em Marte é de -53ºC, oscilando entre máximos de 20ºC e
mínimos de -140ºC. Feitas as contas, as combinações possíveis de temperatura e
pressão à superfície de Marte não permitem água no estado líquido, apenas no
estado sólido ou no gasoso.
Júpiter
A massa de Júpiter é duas vezes e meia a massa combinada de todos os
outros corpos do sistema solar à exceção do Sol.
Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes
gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa
318 vezes superior. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um
período de rotação invulgarmente rápido: 9h 50m 28s
sendo o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. Embora tenha um
núcleo de ferro, quase todo o planeta é uma imensa bola de hidrogênio e um
pouco de hélio. A temperatura da superfície é de cerca de -150ºC.
|
|
|
As sondas Voyager 1 e 2 mostraram que Júpiter também possui anéis, tal
como os outros gigantes gasosos. No entanto, se para observarmos os anéis de
Saturno basta um telescópio amador uma vez que estes são constituídos
principalmente por pequenos detritos de gelo que refletem muito a luz, os anéis
de Júpiter parecem-nos quase invisíveis, uma vez que são compostos por
partículas rochosas de pequenas dimensões que refletem muito pouco a luz.
Julga-se que estes detritos são o resultado de colisões de meteoritos com os 4
satélites mais próximos do planeta.
Os
satélites
Júpiter tem pelo menos 63 satélites
identificados. Os 4 maiores, e mais importantes, são conhecidos como as luas
galileanas, assim chamadas por terem sido descobertas por Galileu Galilei
(1564-1642) quando observou Júpiter com um telescópio que ele próprio
construiu. São elas: Io, Europa, Ganymede e Callisto. Historicamente, a
descoberta destas luas constituiu uma das primeiras provas irrefutáveis que a
Terra não estava no centro do Universo.
Saturno
|
|
É o segundo maior planeta do nosso sistema solar. É famoso por seus
anéis, que podem ser vistos com o auxílio de pequenos telescópios. Os anéis
são feitos com pedaços de gelo e rochas. A temperatura média da superfície do
planeta é de -140ºC. Saturno é formado basicamente por hidrogênio e pequena
quantidade de hélio.
O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5
horas, e cada revolução ao redor do Sol leva 30 anos terrestres.
Tem um número elevado de satélites, 60 descobertos até então, dos
quais 35 possuem nomes, e está cercado por um complexo de anéis concêntricos,
composto por dezenas de anéis individuais separados por intervalos, estando o
mais exterior destes situado a 138 000 km do centro do planeta geralmente
compostos por restos de meteoros e cristais de gelo. Alguns deles têm o
tamanho de uma casa.
|
Urano
Urano é o sétimo planeta do sistema solar, situado entre Saturno e
Netuno. A característica mais notável de Urano é a estranha inclinação do seu
eixo de rotação, quase noventa graus em relação com o plano de sua órbita; essa
inclinação não é somente do planeta, mas também de seus anéis, satélites e
campo magnético. Urano tem a superfície a mais uniforme de todos os planetas
por sua característica cor azul-esverdeada, produzida pela combinação de gases
em sua atmosfera, e tem anéis que não podem ser vistos a olho nu; além disso,
tem um anel azul, que é uma peculiaridade planetária. Urano é um de poucos
planetas que têm um movimento de rotação retrógrado, similar ao de Vênus Tem 27 satélites ao seu redor e um fino anel de poeira.
Netuno
Orbitando tão longe do Sol, Netuno recebe muito pouco calor. A sua
temperatura superficial média é de -218 °C. No entanto, o planeta parece ter
uma fonte interna de calor. Pensa-se que isto se deve ao calor restante, gerado
pela matéria em queda durante o nascimento do planeta, que agora irradia pelo
espaço fora.
A atmosfera de Netuno tem as mais altas velocidades de ventos no
sistema solar, que são acima de 2000 km/h; acredita-se que os ventos são
amplificados por este fluxo interno de calor. A estrutura interna lembra a de
Urano - um núcleo rochoso coberto por uma crosta de gelo, escondida no
profundo de sua grossa atmosfera. Os dois terços internos de Netuno são
compostos de uma mistura de rocha fundida, água, amônia líquida e metano. A
terça parte exterior é uma mistura de gases aquecidos composta por
hidrogênio, hélio, água e metano.
Embora não sejam visíveis nas fotografias do telescópio espacial Hubble, Netuno
faz parte dos planetas gigantes que possuem um complexo sistema de anéis.
Possui cinco anéis principais e sua descoberta se deve a uma observação
efetuada ainda em 1984 a bordo de um avião U2 que acompanhou o deslocamento
do planeta por algumas horas durante a ocultação de uma estrela. Neptuno tem
13 luas conhecidas. A maior delas é Tritão, descoberta por William Lassell
apenas 17 dias depois da descoberta de Netuno.
|
|
Netuno, o gigante azul
InfoEscola
|
E Plutão?
Plutão que recebera o nome do deus dos infernos, da mitologia
greco-latina, foi classificado como o nono planeta do Sistema Solar. Descoberto
em 1930, pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh, esse astro foi sempre
motivo de acirrados debates. Afinal, as características do planetoide, entre
outras a excentricidade de sua órbita inclinada, em que certos períodos cruza a
órbita de Netuno, já indicavam que dificilmente ela poderia permanecer na elite
dos planetas do nosso Sistema. Realmente, 76 anos depois, a UAI resolveu
reclassificar o astro do grupo de planetas-anões.
Caronte continua a ser considerado satélite de Plutão. Entretanto, para alguns astrônomos eles
são astros gêmeos, e esse é um debate que pode ser, a qualquer momento retomado
pela União Astronômica Internacional. Será Caronte promovido a planeta-anão?
Plutão e seu satélite Caronte
Outros
astros do Sistema Solar
Satélites
Até 1610 o único satélite conhecido era o da Terra - a Lua. Naquela ocasião, Galileu Galilei (1564-1642), com
a sua luneta, descobriu satélites na órbita do planeta Júpiter. Hoje se sabe da existência de dezenas de
satélites.
Na Astronomia, satélite natural é um corpo celeste que se movimenta ao
redor de um planeta graças a força gravitacional. Por exemplo, a força
gravitacional da Terra mantém a Lua girando em torno do nosso planeta.
Os satélites artificiais são objetos construídos pelos seres humanos. O
primeiro satélite artificial foi lançado no espaço em 1957. Atualmente há
vários satélites artificiais ao redor da Terra.
O termo "lua" pode ser usado como sinônimo de satélite natural
dos diferentes planetas.
Cometas
Cometa Harlley Wikipédia
|
|
Um cometa é o corpo menor do sistema solar,
semelhante a um asteroide, possui uma parte sólida, o núcleo, composto por
rochas, gelo e poeira e têm dimensões variadas (podendo ter alguns
quilômetros de diâmetro). Geralmente estão distantes do Sol e, nesse caso,
não são visíveis. Eles podem se tornar visíveis à medida que, na sua longa
trajetória, se aproximam do Sol sublimando o gelo do núcleo e liberando gás e
poeira para formar a cauda e a "cabeleira" em volta do núcleo. O
mais conhecido dele é o Halley, que regularmente passa pelo nosso Sistema
Solar. De 76 em 76 anos, em média, ele é visível da Terra. Ele passou pela
região do Sistema Solar próxima do nosso planeta, em 1986, o que possibilitou
a sua visibilidade, portanto, o Halley deverá estar de volta em 2062.
|
Asteroides
Um asteroide é um corpo menor do sistema solar, geralmente da ordem de
algumas centenas de quilômetros apenas. São milhões de corpos rochosos que
giram ao redor do Sol. Da Terra, só podem ser observados por meio de
telescópio. Entre as órbitas dos planetas Marte e Júpiter, encontra-se um
cinturão de asteroides e outro após a órbita de Netuno.
Meteoroides,
meteoros e meteoritos
|
|
São fragmentos de rochas que se formam a partir de cometas e
asteroides. O efeito luminoso é produzido quando fragmentos de corpos
celestes incendeiam-se em contato com a atmosfera terrestre devido ao atrito.
Esses rastros de luz são denominados meteoros e popularmente são conhecidos
como estrelas cadentes, mas não são estrelas.
Quando caem sobre a Terra, atraídos pela força gravitacional, são
chamados de meteoritos. Na maioria das vezes, eles são fragmentos de rochas
ou de ferro. Os meteoritos tem forma variada e irregular, e o tamanho pode
variar de micro fragmentos a pedaços de rochas de alguns metros de diâmetro.
|
O maior meteorito brasileiro (pesando mais de 5000 quilos), o Bendegó, foi encontrado no interior da Bahia em
1784 e encontra-se em exposição no Museu Nacional do Rio de Janeiro.
Meteorito Bendegó
Prof. Eduardo Porto. Liberalina - 2016.
revisão em 2020