quinta-feira, 18 de maio de 2023

ATUALIZAÇÃO - BRASIL CAMPO E INDÚSTRIA 7º ANO - PROVA MENSAL 2º BIMESTRE 2023

 



Agropecuária no Brasil


A agropecuária é uma das principais atividades econômicas desenvolvidas hoje no Brasil e consiste na exploração do espaço rural por meio do plantio e da criação de animais de corte em larga escala.

É uma atividade ligada ao setor primário da economia e, hoje, conforme o Ministério do Desenvolvimento, representa peso decisivo na balança comercial brasileira.

Historicamente, a agricultura sempre foi indutora da economia nacional. No início pela produção em si e, com o passar do tempo - em decorrência da demanda em larga escala - a mecanização do campo impulsionou a indústria de maquinários necessários aos processos, desde a preparação do solo, à colheita e abate de animais.

A produção agropecuária é destinada ao mercado interno e externo. Os produtos que permanecem no mercado interno são as frutas, legumes, ovos, verduras, leite e carnes.

Para o mercado externo são destinados o algodão, a soja, cana-de-açúcar, café, carnes de aves, bovinos e suínos, milho, entre outros.

Agronegócio

Com a maior parte da produção voltada ao mercado externo, o Brasil é um dos países que mais dependem de uma atividade econômica denominada agronegócio. O agronegócio liga a produção à industrialização e comercialização dos produtos. Esse processo é conhecido como cadeia produtiva.

Hoje, o agronegócio corresponde a quase 30% do PIB (Produto Interno Bruto). O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas em um país.

Sendo um dos maiores produtores agrícolas e de produtos pecuários do mundo, o Brasil apresenta graves problemas sociais que este modelo de negócios incita. A concentração de muitas quantidades de terras nas mãos de poucos é o principal deles.

Latifúndio

Quando uma só pessoa concentra um grande número de terras é denominado latifundiário, porque é proprietário de um latifúndio. Em geral, os latifúndios estão voltados quase exclusivamente para a produção de exportação e muito pouco do que é produzido permanece no País.

Hoje, as produções brasileiras de soja, milho e algodão estão entre as mais elevadas do mundo e o País ocupa o segundo lugar do maior rebanho bovino do mundo, ficando atrás da Índia.

Para manter a produção em alta é necessário investir em técnicas que garantam a redução de perdas, produtos de maior resistência e maior produtividade. Por este motivo, são aplicadas grandes quantidades de defensivos agrícolas, conhecidos como agrotóxicos, e há investimento elevando nos chamados alimentos transgênicos. Os transgênicos são produtos geneticamente modificados para resistir a pragas e intempéries.

Minifúndio

Já os minifúndios, as pequenas propriedades, estão sob o controle de um número maior de pessoas. É nesses locais em que estão concentradas as produções dos insumos mais comuns à mesa dos alimentos, como cereais, verduras e frutas. Em geral, a produção dos minifúndios é orgânica. Ou seja, não se utilizam defensivos ou são de menor poder de agressividade. Como a demanda dos produtos produzidos nos minifúndios é maior, há uma pressão social, encabeçada por sindicatos e movimentos, para a divisão justa da terra. Esse processo é denominado reforma agrária e conta com diversas experiências no Brasil. 

Efeitos da modernização do campo

Os efeitos da modernização do campo são marcados por pontos positivos e negativos. Houve, em geral, um conjunto de transformações estruturais no cerne do espaço geográfico.

A modernização do campo proporcionou transformações estruturais no espaço geográfico
A modernização do campo proporcionou transformações estruturais no espaço geográfico

O processo de modernização do campo corresponde à implantação de novas tecnologias e maquinários no processo de produção no meio rural. Isso significa que a evolução das técnicas e dos objetos técnicos provoca uma transformação no que se refere ao espaço geográfico agropecuário. É claro que desde a constituição da agricultura o homem foi gradativamente desenvolvendo novas ferramentas e procedimentos mais avançados, mas quando falamos em modernização, falamos em um processo recente que gerou impactos em larga escala.

Historicamente, a mecanização do campo foi tida como uma consequência direta das revoluções industriais, pois essas proporcionaram um avanço nos meios de produção, atingindo o meio agrário. Foi ao longo do século XX que tais transformações ocorreram de maneira mais intensa, proporcionadas tanto pelo desenvolvimento de maquinários quanto pelas novas técnicas de manipulação dos bens de cultivo, muitos deles atrelados à Revolução Verde.

Uma das principais vantagens do processo de modernização do campo foi o aumento significativo da produtividade, incluindo a geração e distribuição de alimentos pelo mundo, o que contrariou perspectivas pessimistas que acreditavam que o crescimento populacional superaria a disponibilidade de recursos. Outro ponto positivo foi a menor necessidade de utilização de agrotóxicos nas lavouras em razão da melhoria genética das plantas, embora eles ainda sejam utilizados em larga escala.

Dos pontos negativos do processo de mecanização do campo – ou as críticas geralmente direcionadas a tal ocorrência – destaca-se o desemprego estrutural gerado entre os trabalhadores rurais. Houve uma significativa substituição do homem pela máquina nos sistemas de cultivo, o que intensificou a prática do êxodo rural, apesar de a modernização agrícola não ter sido a única responsável por esse PROCESSO.

Existem ainda as críticas direcionadas às transformações genéticas das plantas, outra faceta da modernização agrária. Muitos segmentos da sociedade enxergam de forma cética a produção de alimentos transgênicos ou, em alguns casos, o uso em demasia de produtos químicos, tais como os defensivos agrícolas e os agrotóxicos em geral. Tais críticas, inclusive, aumentaram a visibilidade das práticas da agricultura familiar, que em geral é menos mecanizada, e, principalmente, da agricultura orgânica, cujo princípio é a mínima utilização de produtos químicos no processo produtivo.

Por fim, destaca-se como desvantagem da modernização do campo o aumento das áreas de cultivo, com o consequente avanço sobre o meio natural. No Brasil, o avanço da fronteira agrícola ou agropecuária proporcionou o avanço do espaço geográfico sobre áreas naturais, ocasionando a diminuição do ambiente original de vários grupos de vegetação, notadamente o Cerrado e a Mata Atlântica.

Embora existam problemas e críticas, o processo de mecanização e modernização das atividades agrícolas foi uma importante forma de produzir-se mais e melhor no meio rural. O Brasil, por exemplo, é hoje uma grande potência agrícola, sendo o maior produtor mundial de café, cana-de-açúcar, laranja e outros, além de um dos maiores exportadores de soja. 


Por Me. Rodolfo Alves Pena

Nenhum comentário:

Postar um comentário