Agropecuária no Brasil
A agropecuária é uma das principais atividades econômicas desenvolvidas hoje no Brasil e consiste na exploração do espaço rural por meio do plantio e da criação de animais de corte em larga escala.
É uma atividade ligada ao setor primário da economia e, hoje, conforme o Ministério do Desenvolvimento, representa peso decisivo na balança comercial brasileira.
Historicamente, a agricultura sempre foi indutora da economia nacional. No início pela produção em si e, com o passar do tempo - em decorrência da demanda em larga escala - a mecanização do campo impulsionou a indústria de maquinários necessários aos processos, desde a preparação do solo, à colheita e abate de animais.
A produção agropecuária é destinada ao mercado interno e externo. Os produtos que permanecem no mercado interno são as frutas, legumes, ovos, verduras, leite e carnes.
Para o mercado externo são destinados o algodão, a soja, cana-de-açúcar, café, carnes de aves, bovinos e suínos, milho, entre outros.
Agronegócio
Com a maior parte da produção voltada ao mercado externo, o Brasil é um dos países que mais dependem de uma atividade econômica denominada agronegócio. O agronegócio liga a produção à industrialização e comercialização dos produtos. Esse processo é conhecido como cadeia produtiva.
Hoje, o agronegócio corresponde a quase 30% do PIB (Produto Interno Bruto). O PIB é a soma de todas as riquezas produzidas em um país.
Sendo um dos maiores produtores agrícolas e de produtos pecuários do mundo, o Brasil apresenta graves problemas sociais que este modelo de negócios incita. A concentração de muitas quantidades de terras nas mãos de poucos é o principal deles.
Latifúndio
Quando uma só pessoa concentra um grande número de terras é denominado latifundiário, porque é proprietário de um latifúndio. Em geral, os latifúndios estão voltados quase exclusivamente para a produção de exportação e muito pouco do que é produzido permanece no País.
Hoje, as produções brasileiras de soja, milho e algodão estão entre as mais elevadas do mundo e o País ocupa o segundo lugar do maior rebanho bovino do mundo, ficando atrás da Índia.
Para manter a produção em alta é necessário investir em técnicas que garantam a redução de perdas, produtos de maior resistência e maior produtividade. Por este motivo, são aplicadas grandes quantidades de defensivos agrícolas, conhecidos como agrotóxicos, e há investimento elevando nos chamados alimentos transgênicos. Os transgênicos são produtos geneticamente modificados para resistir a pragas e intempéries.
Minifúndio
Já os minifúndios, as pequenas propriedades, estão sob o controle de um número maior de pessoas. É nesses locais em que estão concentradas as produções dos insumos mais comuns à mesa dos alimentos, como cereais, verduras e frutas. Em geral, a produção dos minifúndios é orgânica. Ou seja, não se utilizam defensivos ou são de menor poder de agressividade. Como a demanda dos produtos produzidos nos minifúndios é maior, há uma pressão social, encabeçada por sindicatos e movimentos, para a divisão justa da terra. Esse processo é denominado reforma agrária e conta com diversas experiências no Brasil.
Efeitos da modernização do campo
Os efeitos da modernização do campo são marcados por pontos positivos e negativos. Houve, em geral, um conjunto de transformações estruturais no cerne do espaço geográfico.
Efeitos da modernização do campo
Decorrente da revolução industrial, a modernização do campo é algo que ocorreu ao longo do século XX e trouxe efeitos tantos positivos quanto negativos à sociedade como um todo. Essa mecanização do campo começou quando a mão de obra humana passou a ser substituída por grandes máquinas e equipamentos, que, por sua vez, são capazes de automatizar o trabalho e contribuir para a produção em larga escala.
Isso permitiu, por exemplo, que o Brasil pudesse se tornar um dos maiores produtores de soja, cana-de-açúcar e laranja, entre outros produtos que vêm da terra. Haja vista todos os benefícios à economia do país, hoje alimentada basicamente pelo agronegócio, esse é um dos efeitos da modernização do campo que pode ser considerado como um efeito positivo. Enquanto, se levarmos em conta o número de trabalhadores que foram substituídos por máquinas, esse pode ser considerado um aspecto negativo.
Portanto, falar sobre os efeitos da modernização no campo é algo que ainda gera muitas controvérsias. Grandes empreendedores do agronegócio defendem essa mecanização, que obviamente produz muito mais lucros a estes, enquanto uma parcela da população preocupa-se com a falta de trabalho no campo e também com a qualidade dos alimentos produzidos atualmente, já que há problemas como o excesso de uso de agrotóxicos.
Efeitos positivos
Além da produção em larga escala, há uma série de outros efeitos positivos da modernização do campo, como os avanços no meio de produção, desenvolvimento de máquinas potentes, novas técnicas de manipular os bens de cultivo, aumento da produtividade e melhorias genéticas nas plantas, entre diversos outros exemplos. Essas características são essenciais para que se possam gerar alimentos com grande potencial de produção.
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